SHIRLEY: VISIONS OF REALITY (2013, Gustav Deutsch)
Para além dos limites da moldura.
Mais do que mero exercício estético, ou de uma manifestação visual do fascínio em delinear enredos sobre as personagens observadas num quadro, Gustav Deustch recria, em SHIRLEY: VISIONS OF REALITY, treze das obras mais conhecidas do pintor realista Edward Hopper em planos sequência rigorosamente compostos que, na sua sóbria essência, obrigam-nos não só à desconstrução da imagem, como também à análise do seu conteúdo narrativo (o percurso de vida de uma actriz fictícia, relatado em monólogos interiores) como metáfora da História Americana do Século XX. Num assinalável afastamento imagético dos líricos found-footage que compõem a sua filmografia anterior, Deutsch reinveste na sua convicta visão de que o Cinema é, realmente, o maior imitador da vida mundana.
Mais do que mero exercício estético, ou de uma manifestação visual do fascínio em delinear enredos sobre as personagens observadas num quadro, Gustav Deustch recria, em SHIRLEY: VISIONS OF REALITY, treze das obras mais conhecidas do pintor realista Edward Hopper em planos sequência rigorosamente compostos que, na sua sóbria essência, obrigam-nos não só à desconstrução da imagem, como também à análise do seu conteúdo narrativo (o percurso de vida de uma actriz fictícia, relatado em monólogos interiores) como metáfora da História Americana do Século XX. Num assinalável afastamento imagético dos líricos found-footage que compõem a sua filmografia anterior, Deutsch reinveste na sua convicta visão de que o Cinema é, realmente, o maior imitador da vida mundana.
Beyond the frame limits.
More than a mere aesthetic exercise, or a visual manifestation about the fascinating creation of plot outlines to the characters seen in a painting, Gustav Deustch recreates, in SHIRLEY: VISIONS OF REALITY, thirteen well-known pieces by the realist painter Edward Hopper in rigorously composed long-shots that, in their sober essence, force us not only to deconstruct the images, but also to an analysis of their narrative content (the life of a fictional actress, reported through her inner monologues) as a metaphor to the Twentieth Century American History. In a notable departure from the lyrical found-footages that formed his former filmography, Deutsch reinvests in the steady vision that Cinema is really the main imitator of real life.
More than a mere aesthetic exercise, or a visual manifestation about the fascinating creation of plot outlines to the characters seen in a painting, Gustav Deustch recreates, in SHIRLEY: VISIONS OF REALITY, thirteen well-known pieces by the realist painter Edward Hopper in rigorously composed long-shots that, in their sober essence, force us not only to deconstruct the images, but also to an analysis of their narrative content (the life of a fictional actress, reported through her inner monologues) as a metaphor to the Twentieth Century American History. In a notable departure from the lyrical found-footages that formed his former filmography, Deutsch reinvests in the steady vision that Cinema is really the main imitator of real life.
- . Ficha Técnica / Credits:
Realização e Argumento / Directed and Written by | Gustav Deutsch | ||
Produção / Produced by | Gabriele Kranzelbinder | ||
Fotografia / Cinematography by | Jerzy Palacz | ||
Elenco / Cast | Stephanie Cumming, Christoph Bach, Florentín Groll, Elfriede Irrall, Tom Hanslmaier | ||
Ano / Year of release | 2013 | ||
País / Country | Austria |
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