The Short Guide to IndieLisboa 2014 — Part IV
Destaques do alinhamento de Curtas-Metragens da Secção Observatório.
Observatory Short Film line-up highlights.
- SLEEPING IMAGE (Lucile Chaufour, Bernhard Braunstein)
- JOURNEY TO THE WEST (Tsai Ming-liang)
- THING (Anouk De Clercq)
- PIERROT LUNAIRE (Bruce LaBruce)
- WHEN I STOP LOOKING (Todd Herman)
- HELEN OF T (Lewis Klahr)
- ASSEMBLÉE GÉNÉRALE (Luc Moullet)
- TOKYO (Dietmar Brehm)
- LA PART DE L'OMBRE (Olivier Smolders)
- O UMBRA DE NOR (Radu Jude)
Filme intimista que em 25 polaróides percorre pessoas e paisagens que se encontram numa espécie de sonho; num movimento fluído e contínuo, o filme abre caminho através de um mundo hostil e fascinante, onde a violência e o sofrimento coexistem com a esperança e a resiliência.
A "film-experience" that lets us see the development of 25 Polaroids and the imagination they contain; in a continuous, fluid motion, the film offers a way through a hostile and fascinating world, where violence and suffering stand alongside hope.
Um monge budista caminha pela cidade de Marselha a passo de caracol, no meio da indiferença de quem passa. A lentidão e o cuidado de cada passo parecem não levar o monge a lado nenhum e desafiam a paciência tanto do que caminha como de quem vê passar, mas o trajecto visa a busca de uma paz interior apenas possível quando se escuta o corpo a cada passo; e no meio do barulho da cidade há um homem que o segue (interpretado por Denis Lavant) que, qual discípulo, imita os seus passos e parece encontrar aí um sentido para a vida.
A Buddhist monk on a wondrously patient journey throughout the city of Marseille city of Marseille; there is also a second man played by Denis Lavant whose presence in the film begins as almost omniscient – or at least physically abstracted – until he finally manifests in the French streets following the monk in a careful replication of his measured pace.
Um arquitecto fala da cidade que construiu; aos poucos percebe que a cidade é imaginária e que o relato é apenas uma tentativa de dar forma às suas ideias. A par do texto, vemos uma animação que parte do processo inverso: de uma tecnologia que digitaliza edifícios já construídos, captando deles a sua estrutura – a sua alma – e criando imagens pulverizadas, com aspecto de esboços, mais próximas dos edifícios imaginados a que se refere o arquitecto.
An architect talks about the city he has built. Gradually we realise that the city is imaginary. His account is an attempt to give his ideas a fixed shape.
Bruce LaBruce leva PIERROT LUNAIRE para as ruas de Berlim e, ao som da interpretação que o maestro Premil Petrovic faz da música de Arnold Schönberg, filma uma história de desejo, amor e transgressão, em que uma mulher vestida de homem seduz uma jovem rapariga que não imagina que o amante é na verdade uma amante.
Bruce LaBruce takes PIERROT LUNAIRE to the streets of Berlin and with conductor Premil Petrovic’s interpretation of Arnold Schönberg’s music, shots a story of desire, love and transgression, in which a woman dressed as a man seduces a young girl who doesn’t suspect that her lover is actually a female.
WHEN I STOP LOOKING força o olhar sobre os retratados, cada um com deformações faciais específicas e perturbadoras; a demora no ecrã permite-nos percebê-los para lá da aparência, nas suas expressões e afectos.
WHEN I STOP LOOKING forces the gaze over those portrayed, each with a specific and disturbing facial deformity; the longer they stay on screen the more we can understand them beyond their appearance, in their expressions and affections.
Lewis Klahr, ao som de uma composição de Elmer Bernstein, contempla o envelhecimento.
Lewis Klahr’s contemplation of aging over a piece of music by Elmer Bernstein.
Uma reunião de condomínio com tudo para ser rápida acaba por contar com presenças inesperadas, dispostas a fazer valer as suas reivindicações.
A co owner General Assembly seen by Luc Moullet is the opposite of the dull meetings we all have experienced.
Há em TOKYO um som metálico recorrente que regressa uma e outra vez ao longo do filme; no meio o silêncio; as imagens em negativo e câmara lenta são de caras (máscaras?) e de corpos que interagem, não se sabe se com violência ou com desejo; neste filme a preto e branco é quase tudo cinzento.
There is a recurrent metallic sound in TOKYO that cuts through the silence; the images in negative and slow motion are from faces (masks?) and bodies interacting: is it violence or desire?
É sombria a história do fotógrafo húngaro Oskar Benedek, que a 7 de Fevereiro de 1944, dia em que inaugurava uma exposição do seu trabalho, desaparece. Sessenta anos mais tarde, LA PART DE L'OMBRE, vai tentar desvendar o seu misterioso destino.
LA PART DE L'OMBRE recovers the life of the Hungarian photographer Oskar Benedek, who disappeared the day his exhibition opened; what happened to him?
Num dia de verão, em Bucareste, um padre é chamado para rezar por uma mulher à beira da morte, mas com tanto calor, as coisas podem não correr bem.
In a fourteenth century building, O UMBRA DE NOR shows us the passing of time as the sunlight moves during the day and illuminates the past, directly or reflected, pointing the future.
Observatory Short Film full line-up of IndieLisboa 2014, which will take place from April 24 to May 4, can be accessed in the Festival official site.
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