Queer Lisboa 2015 — Shorts 3
- 1. 09:55-11:05, INGRID EKMAN, BERGSGATAN 4B (Cristine Berglund & Sophie Vukovic)
- 2. SAN CRISTÓBAL (Omar Zúñiga Hidalgo)
- 3. TURNING (Eoin Heaney)
- 4. POWDER PLACENTA (Katrina Daschner )
- 5. LA MÉTÉO DES PLAGES (Aude Léa Rapin)
Drama sereno e elegante, Cristine Berglund e Sophie Vukovic exibem uma impecável segurança no tratamento da maturidade e desolação psicológicas da sua protagonista, a quem a vida ainda lhe reserva inesperada emoção. A magnífica interpretação da veterana Lisbeth Zachrisson é do melhor que se observou, nesse âmbito, na Competição este ano.
In this quiet and graceful drama, Cristine Berglund and Sophie Vukovic present an assured control of their lead character's psychological maturity and desolation, to whom life still reserves some unexpected emotions. In this year's Festival, the veteran Lisbeth Zachrisson provides one of the most wonderful interpretation from the entire Competition.
Embora a exposição de intolerância (leia-se homofobia) e conservadorismo social no seio do cinema queer não sejam temas inéditos, SAN CRISTÓBAL é, no entanto, um drama romântico eficaz, de intensificado realismo pelo recurso à paisagem natural do Chile como local de filmagem e fazendo da camaradagem entre os dois protagonistas o seu ponto mais forte.
If the representation (i.e. homophobia) and social conservatism are not unprecedented themes for queer cinema, SAN CRISTÓBAL is, nevertheless, a steady romantic drama, deepening its realistic feel through the use of Chile's natural landscape as filming location and highlighting the fellowship of the two lead characters as its strongest point.
A exposição da diversidade humana adquire, através da abordagem experimental de Eoin Heaney, um efeito hipnótico e, sobretudo, de cariz desafiador pela repetição monocromática de gestos e atitudes dos modelos que desfilam, incessantemente, perante os nossos olhos. Avant-garde indeed!
The baring of human diversity gets, in Eoin Heaney's experimental approach, a hypnotic and, especially, daring effect through the monochrome repetition of gestures and attitudes by a group of models who, incessantly, parade just before our eyes. Avant-garde indeed!
Simulacro teatral de texturas e impressões, POWDER PLACENTA é, definitivamente, um dos mais radicais mistérios do Queer Lisboa 2015. O ser humano, em toda a sua surrealidade, confronta a natureza, aqui representada nas suas variadas expressões — sobretudo, artísticas — num filme de onirismo a toda a prova.
A theatrical simulation of textures and sensations, POWDER PLACENTA is definitively one of Queer Lisboa's most radical misteries. The human being, in absolute surreality, confronts a multilayered — mainly, the artistic one — nature, in a full proof dreamlike movie.
Obra de pura sensibilidade indie europeia (eis um título que encontraria adaptação apropriada nas estéticas de Mia Hansen-Løve ou Julie Delpy), Aude Léa Rapin ensaia uma comédia romântica e bucólica, preocupada em conferir densidade psicológica aos seus três personagens e que resulta, no geral, num genuíno crowd pleaser de qualidade. Não ficaremos surpreendidos se for este o vencedor da Competição de Curtas-Metragens.
A feature of pure european indie sensibility (it is a movie that would find a proper adaptation in the hands of Mia Hansen-Løve or Julie Delpy), Aude Léa Rapin stages a bucólico romantic comedy, which really cares about the three characters psychological depth to produce a generally virtuos crowd pleaser. We will not be surprised if it wins this year's best short film competition.
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