The Short Guide to Nathaniel Dorsky - Part II
Uma luz diferente.
É no modo como a luz se fixa na emulsão do Kodachrome que a obra de Nathaniel Dorsky se destaca. Sem estar preso a simbolismos nem a potenciais narrativas extraídas das imagens — e o autor, na introdução à exibição dos seus filmes na Cinemateca Portuguesa, salientou de imediato essa particularidade —, a revelação passa sempre pela demonstração das qualidades e limitações do 16mm onde suporta o seu trabalho, num jogo de cores, luzes e formas conjugado sem método ou filosofia aparentes que não seja o puro instinto. E depois há o silêncio imperador na projecção dos seus filmes em sala, um "mutismo" que as plateias contemporâneas quase demonstram já não saber como interpretar. O cinema experimental de Nathaniel Dorsky pode não ser o mais envolvente, mas o rótulo de experiência singular nunca lhe poderá ser negado.
É no modo como a luz se fixa na emulsão do Kodachrome que a obra de Nathaniel Dorsky se destaca. Sem estar preso a simbolismos nem a potenciais narrativas extraídas das imagens — e o autor, na introdução à exibição dos seus filmes na Cinemateca Portuguesa, salientou de imediato essa particularidade —, a revelação passa sempre pela demonstração das qualidades e limitações do 16mm onde suporta o seu trabalho, num jogo de cores, luzes e formas conjugado sem método ou filosofia aparentes que não seja o puro instinto. E depois há o silêncio imperador na projecção dos seus filmes em sala, um "mutismo" que as plateias contemporâneas quase demonstram já não saber como interpretar. O cinema experimental de Nathaniel Dorsky pode não ser o mais envolvente, mas o rótulo de experiência singular nunca lhe poderá ser negado.
A different light.
It is in the way the light fixes itself in the Kodachrome emulsion that the work of Nathaniel Dorsky stands out. With any symbolisms nor potential narratives that can be extracted from the images — the author made it quickly clear before the screening of his films at Cinemateca Portuguesa —, the revelation is made through the demonstration of the qualities and limitations of the 16mm format that he uses in his oeuvre, with a game of colours, lights and shapes stringed together without apparent method or philosophy, only pure instinct. And then there is the ruling silence of his films in a projection room, a kind of muteness that modern audiences seem unaware of how to interpret it. Nathaniel Dorsky's experimental cinema may not be the most enwraping around, but nobody will deny it the label of unique experience.
It is in the way the light fixes itself in the Kodachrome emulsion that the work of Nathaniel Dorsky stands out. With any symbolisms nor potential narratives that can be extracted from the images — the author made it quickly clear before the screening of his films at Cinemateca Portuguesa —, the revelation is made through the demonstration of the qualities and limitations of the 16mm format that he uses in his oeuvre, with a game of colours, lights and shapes stringed together without apparent method or philosophy, only pure instinct. And then there is the ruling silence of his films in a projection room, a kind of muteness that modern audiences seem unaware of how to interpret it. Nathaniel Dorsky's experimental cinema may not be the most enwraping around, but nobody will deny it the label of unique experience.
Comentários
Enviar um comentário