SAUL FIA (2015, László Nemes)



O fim da humanidade.

Do drama pessoal de um Sonderkommando que julga reconhecer, entre os cadáveres das câmaras de gás de Auschwitz, o seu próprio filho, sobressai a notável execução técnica de SAUL FIA (a.k.a. O FILHO DE SAUL), que objectiva e intensifica o horror gráfico e demente do Holocausto que torneia o protagonista. À percepção geral da vida e morte nos campos de concentração, László Nemes entrega-nos diminuída profundidade de campo, clamores moribundos, o rumor dos fornos crematórios, olhares esvaídos de compaixão e a sombria ausência de esperança.
Obra visceral, abjecta, vertiginosa, a mais radical "expansão estética do Holocausto" desde SHOAH, brilhante e obrigatória.


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