NO HOME MOVIE (2015, Chantal Akerman)
Em nome da Mãe.
É inevitável que o observador possa colher um filme elegíaco e sentimentalmente opressivo de NO HOME MOVIE, obra que aparenta adquirir toda uma outra carga emocional na "ressaca" do recente falecimento de Chantal Akerman. Mas aqui nunca se apreende o tom, conscientemente anunciado ou não, de derradeiro capítulo de uma carreira artística.
Na verdade, através do diário (e não "filme doméstico", como o título afirma) da frágil saúde de Natalia Akerman, mãe de Chantal, a cineasta sugere o amor à vida, às suas origens, à filiação materna (os diálogos entre as duas são pérolas de simplicidade humana), a tudo aquilo — inclusivamente, as emoções que espelhamos perante estas imagens — que torna o mundo simultaneamente pequeno e grande. E, como característico em Chantal Akerman, revela-se um absoluto testemunho formal sobre a inexorável natureza do tempo.
- . Ficha Técnica / Credits:
Realização, Argumento e Fotografia | Chantal Akerman | ||
Produção | Chantal Akerman, Patrick Quinet, Serge Zeitoun | ||
Ano | 2015 | ||
País | Bélgica / França |
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