CHI-RAQ (2015, Spike Lee)
Woman Power conceptual.
No seu tom deliberadamente histriónico (e não víamos tanto "frenesim" temático em Spike Lee desde VERÃO ESCALDANTE), CHI-RAQ assume-se como parábola, de surpreendente inspiração no texto clássico da Lisístrata — até Samuel L. Jackson actua como coro grego —, sobre o peso da violência urbana no quotidiano das desfavorecidas comunidades afro-americanas de Chicago.
Contudo, a retórica do filme, assente na iminente estereotipação dos seus personagens e na visão redutora do sexo como o único poder feminino de negociação, desequilibra a "balança" e acutilância emocionais de um argumento capaz do melhor (veja-se aquele inflamado discurso de John Cusack, genuíno panfleto em prol do controlo de armas nos Estados Unidos) e do absolutamente dispensável.
Realização e Produção | Spike Lee | ||
Argumento | Kevin Willmott, Spike Lee | ||
Fotografia | Matthew Libatique | ||
Música | Terence Blanchard | ||
Elenco | Nick Cannon (Chi-Raq), Teyonah Parris (Lysistrata), Wesley Snipes (Cyclops), Angela Bassett (Miss Helen), Samuel L. Jackson (Dolmedes), John Cusack (Mike Corridan), Jennifer Hudson (Irene) | ||
Ano | 2015 | ||
País | EUA |
Não tenho especial curiosidade sobre este título, mas interessa-me esta analogia com a violência actual. Talvez vá ganhando vontade de o ver com o tempo... :) Excelente texto, como sempre.
ResponderEliminarCumprimentos cinéfilos :*