CRUEL STORY OF YOUTH (1960, Nagisa Ôshima)
História de romance maldito entre dois jovens em rota de desvio à norma social por opção, cuja impureza é realçada pelo sujo e rígido Eastmancolor da imagem, CRUEL STORY OF YOUTH (a.k.a. CONTOS CRUÉIS DA JUVENTUDE) não se prende a teses políticas nem em derivados moralistas (e muito deste contexto se poderia extrair do Japão dos anos 60), sendo, inclusive, de assinalar que bem pode aqui residir a génese da misoginia de que Nagisa Ôshima seria acusado ao longo da sua carreira.
No entanto, subjaz a enorme ternura do cineasta — pouco interessado nos meros jogos de campo e contra-campo — em encerrar os rostos e movimentos humanos, no recurso a planos-sequência tão deliberadamente fugidios e desequilibrados quanto os seus protagonistas. Nouvelle Vague nipónica, sem sombra de dúvida.
Realização e Argumento | Nagisa Ôshima | ||
Produção | Tomio Ikeda | ||
Fotografia | Takashi Kawamata | ||
Música | Riichirô Manabe | ||
Elenco | Yasuke Kawazu (Kiyoshi Fujii), Miyuki Kuwano (Makoto Shinjo), Yoshiko Kuga (Yuki), Fumio Watanabe (Akimoto), Shinji Tanaka (Yoshimi Ito) | ||
Ano | 1960 | ||
País | Japão |
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